quarta-feira, 29 de agosto de 2012

EXPOSIÇÃO EM HOMENAGEM AS IRMÃS LINDA E DIRCINHA BATISTA PODERÁ SER VISTA ATÉ O DIA 29 DE SETEMBRO


O Centro Cultural Abrigo de Bondes recebe até o dia 29 de setembro a exposição: LINDA E DIRCINHA BATISTA: AS RAINHAS DO RÁDIO -Trajetória, obra e legado das irmãs mais famosas da música brasileira, em homenagem as famosas cantoras do rádio. A mostra é uma parceria com a Fundação Sócio Cultural José Ricardo (Funjor), e será composta por fotografias, discos, capas de revistas, reportagens de jornais. O acervo exposto foi cedido por Dimas de Oliveira Junior (fotografias), Luiz Murillo Tobias – família Linda, Dircinha e José Ricardo. Curadoria Teca Nicolau.

            Sobre as Irmãs Batista
           
Quando a TV ainda não existia, a moda era ouvir os grandes artistas do rádio - que ocupava os lares e integrava o país. Em um cenário onde a boa voz se destacava, cantoras como Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Nora Ney, Dolores Duran, Eliseth Cardoso, Adelaide Chiozzo, entre muitas outras, eram rainhas da música e alegravam multidões. Nessa estrada do sucesso, Linda Batista e Dircinha Batista, as “Irmãs Batista”, foram pioneiras. Linda foi a primeira “Rainha do Rádio”, honraria renovada por 11 anos consecutivos (1937-1948) e teve a irmã Dircinha como sucessora. Em um período de transformação do país, elas foram as grandes vozes femininas do início da “Era do Rádio”. Há quem diga que Dircinha cantava melhor – tinha maior técnica e domínio sobre a voz. Linda Batista, entretanto, era mais carismática e popular. Razão e emoção em um equilíbrio musical de talento.
Dircinha Batista nasceu em São Paulo no dia 7 de abril de 1922. Ainda menina, subiu ao palco para cantar pela primeira vez ao lado do pai, o humorista e renomado ventríloquo João Baptista Júnior. Com oito anos gravou seu primeiro disco, em 1930, com duas músicas de autoria de Batista Júnior: "Dircinha" e "Borboleta azul". No ano seguinte Dircinha entrou para o Programa Francisco Alves, da Rádio Cajuti. Cinco anos depois foi a vez de Florinda Grandino de Oliveira, nascida em 4 de junho de 1919, estrear no mesmo programa. A menina adotou o nome artístico de Linda Batista e criou sua primeira composição, "Tão sozinha", aos 10 anos.  Depois disso a carreira das irmãs Batista não parou de crescer e culminar com uma impressionante discografia e músicas de sucesso. Viraram estrelas nacionais, fizeram shows internacionais e  foram declaradas “patrimônio nacional”, pelo presidente Getúlio Vargas. Ele era um fã declarado das cantoras que moravam no bairro do Catete, próximo à sede do Governo. As irmãs participaram de diversos filmes, emplacavam sucessos seguidos e tornaram-se campeãs de vendas de discos nas décadas de 40, 50 e início dos anos 60.
Com o sucesso, veio o dinheiro, que além de prover luxo e riqueza, também alimentou vícios perigosos, como o jogo e as bebidas. Lá pelo meio da década de 60 as irmãs Batista pararam de receber convites para cantar – a rádio Nacional estava sob intervenção militar e elas não eram escaladas pela amizade que sempre tiveram com Jango e Getúlio.
As duas não eram mais chamadas para fazer shows e precisaram gastar todo o dinheiro para cuidar da mãe com um câncer na garganta. Dircinha caiu em depressão e nunca mais saiu de casa. Linda estava doente e não comia, apenas bebia. Apenas um amigo cuidou, enquanto pode das irmãs Batista: José Ricardo, além da atuação artística, sempre lutou para ajudar artistas em dificuldade, ajudou a vários colegas com sua personalidade solidária. A partir dos anos 1980, assumiu, como membro de sua família, as Irmãs Batista (Linda, Odete e Dircinha). 

Exposição: LINDA E DIRCINHA BATISTA: AS RAINHAS DO RÁDIO
Trajetória, obra e legado das irmãs mais famosas da música brasileira

Visitação: 16 de agosto a 29 de setembro
 Horário: Terça a sexta, 11 às 17h; sábado 12 às 16h
Local: Centro Cultural Abrigo de Bondes
Endereço: Rua Marques do Paraná, nº100, Centro, Niterói
Tel: 2620-8169
Blog: abrigodebondes.blogspot.com

Gratuito



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